Pensando em quantificar e identificar os padres negros de Minas Gerais e do Espírito Santo, a Pastoral Afro-Brasileira do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou neste mês, uma Campanha para o Cadastramento destes padres.
O assessor eclesiástico, Pe. Jotaci Brasiliano Conceição de Oliveira, e a assessora leiga, Marinete da Silva Morais, enviaram uma carta para divulgar a ação. Segundo eles, a Pastoral Afro-Brasileira pretende conhecer os padres religiosos e/ou diocesanos do Leste 2, partilhar informações e debater sobre a temática racial.
No documento, Pe. Jotaci e Marinete informam que a “comunidade torna-se uma irmandade que reconhece a necessidade de um ministério transformador, vozes ampliadas em busca de justiça e reconciliação racial, trabalhando para curar os pecados de nossa Igreja e nação. Porque ‘Deus escolheu o que o mundo acha fraco, para envergonhar os poderosos. Deus escolheu o que o mundo despreza, acha vil e sem importância, para destruir o que o mundo prestigia’ (1 cor. 1, 27-28)”.
Os assessores solicitam também que o formulário seja compartilhado entre os padres negros. “A sua contribuição neste processo é muito importante para a nossa comunidade como um todo”.
Com o tema: “A vida é missão” e o lema “Eis-me aqui, envia-me” (Is 6,8), a Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) inicia nesta quinta-feira, 1° de outubro, dia de Santa Teresinha, a Campanha Missionária 2020.
Durante todo esse mês de outubro, a Comissão realiza junto com as Pontifícias Obras Missionárias (POM), a Comissão para a Amazônia e outros organismos que compõem o Conselho Missionário Nacional (COMINA) as atividades do mês missionário.
A campanha convida a todos serem discípulos missionários e serem sinal de esperança para tantas vidas doadas de forma solidária, principalmente, neste momento em que o mundo passa pela pandemia da Covid-19 que mudou completamente as relações humanas.
Dom Odelir José Magri
Para o bispo de Chapecó (SC) e presidente da Comissão para a Ação Missionária, dom Odelir José Magri, ser missionário é viver como cristão, discípulo de Jesus como batizado e a partir de uma vocação especifica. É responder ao chamado de Deus, sair e fazer-se próximo.
Dom Odelir destaca que o missionário é convidado a ir às periferias da sociedade para testemunhar a perseverança do amor paciente e fiel de Deus pelas pessoas de nosso tempo, que se expressa com amor gratuito no compromisso da solidariedade, especialmente para com os pobres, os últimos, os excluídos.
Mês Missionário no Brasil
No Brasil, o mês missionário é celebrado em outubro desde 1972, mês para o qual em que se produz materiais a partir de um tema e lema alinhados com a Campanha da Fraternidade. De acordo com o diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Maurício Jardim, o mês temático dedicado a missão nos ajuda recordar nossa natureza missionária que não se reduz aos eventos, cursos, formações e atividades.
Para Dom Odelir, o mês missionário é uma oportunidade a mais para rezar, refletir, aprofundar e viver a missão. “O mês missionário ajuda a tomar mais consciência da identidade missionária da Igreja da sua razão de ser. É Assumir o desafio de colocar-se ‘em saída’ na perspectiva do apelo do Papa Francisco que diz que a ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja. A verdade é que a missão renova Igreja”, aponta.
Padre Maurício, diretor das POM. Foto: POM
Dentro dessa caminhada missionária da Igreja no Brasil se desenvolve, desde agosto de 2017, o Programa Missionário Nacional (PMN) que foi construído de forma sinodal. Segundo padre Maurício, o PMN é fruto de um processo escuta dos dezoito regionais da CNBB e reflexões iniciadas pela equipe executiva do Conselho Missionário Nacional (COMINA).
Desde então, vem se trabalhando de forma colaborativa para que a missão seja o eixo norteador das prioridades definidas no programa e demais atividades da ação evangelizadora da Igreja no Brasil.
“Como pequena semente, o PMN não é algo acabado, mas deverá acompanhar e assumir a novidade que o Espírito Santo suscita na vida das pessoas e das comunidades eclesiais missionárias, a exemplo do que acontece com as diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil”, ressalta padre Maurício.
Programa Missionário Nacional
O Programa Missionário Nacional (PMN) foi construído de forma sinodal. Ele é fruto de um processo escuta dos dezoito regionais da CNBB e reflexões iniciadas pela equipe executiva do Conselho Missionário Nacional (COMINA), em agosto de 2017. Deseja colaborar para que a missão seja o eixo norteador das prioridades definidas no programa e demais atividades da ação evangelizadora da Igreja no Brasil.
O PMN além da escuta e definições de prioridades para caminhada missionária da Igreja do Brasil, está fundamentado em bases antropológicas, bíblicas, eclesiológicas e teológicas que, provenientes do encontro com Jesus Cristo, alimentam, motivam e sustentam o viver missionário. Esses fundamentos nos oferecem bases para a compreensão da missão e nos ajudam a colocar, em prática, as prioridades e projetos aprovados pela assembleia do Conselho Missionário Nacional (COMINA), abril 2019 e que fazem parte deste programa. Essa etapa sinodal da construção do PMN foi denominada “iluminar”.
No Brasil, há uma pluralidade de iniciativas missionárias que exigem um trabalho missionário com fios condutores comuns a fim de crescermos na comunhão missionária.
Como pequena semente, o PMN não é algo acabado, mas deverá acompanhar e assumir a novidade que o Espírito Santo suscita na vida das pessoas e das comunidades eclesiais missionárias, a exemplo do que acontece com as diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil.
Pontifícias Obras Missionárias
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) são organismos oficiais da Igreja Católica, vinculados à Congregação para a Evangelização dos Povos. Existem para intensificar a animação, a formação e a cooperação missionária em todo o mundo. São uma rede universal de oração e solidariedade inspirada no testemunho de Paulina Jaricot.
As Pontifícias Obras Missionárias têm como objetivo “promover o espírito missionário universal no seio do povo de Deus” (Congregação para Evangelização dos Povos, Cooperatio Missionalis, 5). A identidade das POM pode ser resumida em duas palavras: universalidade, isto é, todas as Obras para todos os povos; e pontifícias, isto é, são Obras do Papa para toda a Igreja. Constituem uma rede universal, em 130 países, a apoiar o Papa no seu compromisso missionário com todas as Igrejas particulares. Realizam isso mediante a oração, que é a alma da missão, e o auxílio material aos cristãos no mundo inteiro, ajudando a despertar a consciência missionária ad gentes.
“Às quatro Obras atribui-se a qualificação de ‘pontifícias’ porque se desenvolveram também com o apoio da Santa Sé que, ao fazê-las próprias, lhes concedeu um caráter universal” (Cooperatio Missionalis, 4)
Quatro obras Pontifícias:
Pontifícia Obra da Propagação da Fé – fundada em 1822 por Pauline Marie Jaricot, visa suscitar o compromisso pela evangelização universal em todo o povo de Deus e promover, nas Igrejas particulares, a ajuda espiritual e a cooperação material. No Brasil, a Obra tem atividades junto às juventudes, às famílias, aos idosos e enfermos.
Pontifícia Obra da Infância e Adolescência Missionária – fundada em 1843 por Dom Carlos Forbin-Janson, visa despertar a consciência missionária universal nas crianças e adolescentes, animando-as a partilhar a fé e os bens materiais. O lema que traduz o carisma da Obra é: “Crianças e adolescentes rezando e ajudando crianças e adolescentes”.
Pontifícia Obra Missionária de São Pedro Apóstolo – fundada em 1889 por Joana Bigard e sua mãe Stephanie, visa sensibilizar o povo cristão sobre a importância do clero local das Igrejas mais necessitadas. Incentiva os fiéis a colaborar espiritual e materialmente com a formação dos candidatos ao sacerdócio e à vida consagrada.
Pontifícia União Missionária – fundada em 1916 pelo Beato Padre Paolo Manna, é responsável pela formação missionária do clero, dos seminaristas, da vida consagrada masculina e feminina e dos cristãos leigos e leigas. A mística das quatro Obras tem o tripé: Oração, Sacrifício e Ofertas, ou seja, a oferta existencial da própria vida e a partilha econômica para a missão universal.
As três primeiras Obras nasceram na França e, para se tornarem universais, foram declaradas pontifícias em 3 de maio de 1922, pelo Papa Pio XI. A quarta Obra, União Missionária do Clero, nasceu na Itália e foi declarada pontifícia em 28 de outubro de 1956, por decreto do Papa Pio XII.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou o novo site das Campanhas da Evangelização e Fraternidade. A página simplifica a consulta dos usuários, uma vez que as pesquisas dos materiais podem ser realizadas por Campanhas. Outra novidade é que o site agora pode ser acessado através de aparelhos mobile, permitindo que o usuário possa acessar/baixar os materiais utilizando celulares ou tablets.
Além disso, o novo site dá acesso a uma cronologia detalhada sobre as edições das Campanhas já realizadas, permitindo ao usuário consultar informações detalhadas sobre cada uma delas e ter acesso aos cartazes e acervo de hinos. Na página também é possível conferir as últimas notícias sobre as formações realizadas nos regionais da CNBB. Estão disponíveis vídeos e materiais das Campanhas para download.
Para assegurar o acesso aos materiais e tendo em vista o lançamento oficial da Campanha da Fraternidade, na próxima quarta-feira, dia 26, uma outra alternativa foi pensada: um aplicativo (App) da CF. Inicialmente, o app poderá ser baixado gratuitamente na loja da Play Store. Posteriormente, será disponibilizado na App Store.
No Aplicativo o usuário poderá enviar uma imagem, um vídeo ou um texto diretamente da plataforma. A proposta é proporcionar a participação dos usuários com relação à Campanha da Fraternidade. Lá também é possível acompanhar as notícias das formações realizadas nos regionais da CNBB e baixar os materiais da Campanha, tais como cartazes, hinos e vídeos.
*Foto ilustrativa do Site da campanha
*Fonte: Site da CNBB e Arquidiocese de Juiz de Fora
O inverno ainda não começou oficialmente, mas as temperaturas já estão mais baixas na última semana. Em vista disso, grupos da arquidiocese já começaram a se organizar para colaborar com os mais afetados por essas mudanças climáticas. Os Vicentinos foram os primeiros, no último domingo levaram as doações recebidas para receber uma benção especial. Agora, os Anjos da Misericórdia e os Jovens Missionários Continentais estão realizando campanhas.
As iniciativas visam arrecadar itens como agasalhos, cobertores, luvas, meias, sapatos fechados, agasalhos em geral. As doações serão entregues aqueles que precisam. Monsenhor Luiz Carlos de Paula, pároco da Catedral, convida a todos a colaborar, “vamos socorrer nossos irmãos e irmãs mais carentes para que eles não passem frio neste inverno. Agindo assim com toda certeza Deus aquecerá os nossos corações”.
As doações podem ser entregues na recepção da Catedral, de segunda a sábado, das 07h às 21h e domingo, das 08h às 13h e das 15h às 19h, na Cúria Metropolitana, de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, ou ainda na Paróquia Santo Antônio do Paraibuna.
Outras informações: (32) 3229-5450 ou (32) 3229-5466 – Cúria – Centro Pastoral
Texto: Site da Arquidiocese
*Com informações do Site da Catedral Metropolitana e Facebook dos Jovens Missionários Continentais