Coronavírus: Dom João Justino presta solidariedade às famílias enlutadas e aos infectados

As últimas semanas trouxeram uma preocupação a mais para todos. Trata-se do novo coronavírus, identificado como COVID–19, descoberto no final do ano passado após casos registrados na China, e que se espalhou por boa parte do mundo e já chegou ao Brasil. Segundo o arcebispo de Montes Claros (MG), dom João Justino de Medeiros Silva, esse triste fato permite entender melhor a globalização. “Em poucos dias um vírus se espalha pelo mundo e desestabiliza economias fortes e, além de mortes, produz inúmeros outros problemas para as localidades com pessoas infectadas. É fundamental seguir as instruções de prevenção. Nossa solidariedade às famílias enlutadas e aos infectados”, disse.

Conforme o arcebispo a gravíssima situação nos faz meditar sobre outros tipos de “vírus”, mais comuns e sorrateiros, presentes entre nós. “O consumismo é uma doença que está na estrutura da sociedade de mercado. Ele se aproveita das vulnerabilidades do ser humano, tais como a busca incansável do conforto e o insaciável desejo de possuir mais”, comenta o bispo.

De acordo com ele, o consumismo é capaz de destruir relações familiares e de amizade, carreiras de sucesso e tornar pessoas escravas das diversas formas de crédito pessoal. “Nesse caso, a vacina é conhecida e eficaz. Chama-se sobriedade. Mas poucos a procuram. Preferem o risco da exposição”, aponta dom João Justino.

Ainda segundo dom João Justino, como o do consumismo, há outro vírus, também muito danoso para a integridade humana. “Foi Papa Francisco quem o nomeou. Chama-se autorreferencialidade. Ele ataca a capacidade da pessoa de reconhecer os outros e a faz dobrar-se sobre si mesma, tornando-se egocêntrica”, explica. Aqueles que são contaminados, segundo dom Justino, perdem a sensibilidade para as questões sociais e quando são solidários, fazem-no pela vaidade de serem reconhecidos e aplaudidos:

“Procuram seus nomes nas colunas sociais e chateiam-se quando não são saudados com elogios. Nos momentos mais parcos não hesitam em agir com egoísmo. Também para esse vírus é conhecida a vacina. Seu nome é altruísmo. Há pessoas cujo estilo de vida as deixou imunizadas para esse vírus. Uma delas é bastante conhecidaSanta Dulce dos Pobres”.

Outro vírus que tem contaminado muita gente, inclusive cristãos que se pensavam imunes, conforme o bispo, é o ódio dos outros. “Ele faz a pessoa defender o uso das armas como solução para a falta de segurança”, indica. Ainda de acordo com ele, o ódio obscurece de tal maneira o senso crítico da pessoa infectada que ela sequer desconfia de informações recebidas sem fonte confiável e espalha logo as fake news, independente do que seja. “Deixa a pessoa incapaz de dialogar com adversários políticos e a faz preferir a falta de liberdade ao invés de defender a democracia e o estado de direito”, garante o bispo.

Quando cristãos, dom João Justino afirma que a vacina conhecida é o evangelho de Jesus Cristo e a doutrina social da Igreja. Contudo, aponta que o tratamento é mais difícil quando a pessoa é acometida de um exagerado esvaziamento do espírito, a chamada “esquizofrenia espiritual”. “Há diversos outros vírus que destroem a humanidade. Todos nós devemos tomar as cautelas a fim de preveni-los e combatê-los”, finalizou.

Fonte: Site da CNBB

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Com suspeita de coronavírus em Juiz de Fora, Arcebispo determina mudanças durante Celebrações

Devido à suspeita da presença no novo coronavírus em Juiz de Fora, divulgada por veículos de comunicação locais na última quarta-feira (26), o Arcebispo Metropolitano, Dom Gil Antônio Moreira, determinou algumas medidas de precaução durante Missas e Celebrações.

Provisoriamente, o momento do “abraço da paz” não deve acontecer, a oração do Pai Nosso não deve ser rezada de mãos dadas e a Comunhão deve ser dada apenas nas mãos dos fiéis, e não diretamente na boca. A decisão vale para todo o território arquidiocesano, composto por Juiz de Fora e outras 36 cidades.

Segundo informações dos sites G1 – Zona da Mata e Tribuna de Minas, uma paciente com possíveis sintomas da doença deu entrada, na última terça-feira (25), no Hospital Doutor Mozart Teixeira (HPS). A mulher, que não teve a idade informada e esteve recentemente na Itália, teria chegado à unidade de saúde com febre alta, dor de garganta e secreção clara.

No dia seguinte, ela foi levada para o isolamento no Hospital João Penido, onde passará por exames para que somente então possa vir ou não a ser tratada como caso suspeito.  O possível caso em Juiz de Fora, portanto, ainda não é computado pelo Ministério da Saúde, que utiliza os dados repassados pelos estados, diariamente, para consolidar e atualizar as informações sobre a doença.

Casos no Brasil

O Ministério da Saúde afirmou que está comprovado o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil. Trata-se de um homem que mora em São Paulo, tem 61 anos e veio da Itália. Esse é o primeiro caso da doença no país e em toda a América Latina. Além dele, outros vinte casos suspeitos estão sendo monitorados em sete estados.

Província Eclesiástica

Após a determinação de Dom Gil para o território da Arquidiocese de Juiz de Fora, os bispos responsáveis pelas dioceses de Leopoldina e São João del-Rei, Dom Edson José Oriolo dos Santos e Dom José Eudes Campos do Nascimento, respectivamente, se uniram ao Metropolita para divulgarem, em conjunto, uma nota em nome da Província Eclesiástica de Juiz de Fora. No texto, os três bispos reafirmam as recomendações em prol da saúde dos fiéis.

Clique aqui e confira a nota na íntegra.

Fonte: Arquidiocese de Juiz de Fora

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